Transforme a pequena entrevista FICTÍCIA ABAIXO, com o médico (também fictício) Luiz Silva, professor titular de infectologia da UFMG e ex-superintendente de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, em um texto jornalístico impresso de, pelo menos, cinco parágrafos. Use pelo menos três frases dele entre aspas.
Obtenha informações adicionais, em pesquisas na Internet, sobre os números da dengue em Minas.
Importante: sua matéria, apurada hoje, será publicada na edição de amanhã. (
P - O ano começou com mortes por dengueem algumas cidades mineiras e casos pipocando em todo o país, apesar de janeiro ter fechado com queda nos registros da doença em relação a 2008. O sr. acredita que será um ano preocupante para a dengue?
Silva - Nós passamos uns dois ou três anos de queda. É inevitável que haja um certo relaxamento das medidas de controle. Nós já começamos a ter transmissão de dengue no final do ano passado. Isso é um sinal muito importante. Todos os anos em que são registrados muitos casos de dengue, grandes epidemias, na verdade, a coisa já vinha acontecendo meses antes. As pessoas não devem ficar contentes porque em janeiro deste ano houve queda em relação a janeiro passado, porque janeiro não é o pior mês para a dengue. Na região Sudeste, é março e abril a hora do vamos ver. Conseguir um controle razoável é coisa para mais de uma década.
P - Mas há mais de uma década convivemos com epidemias...
Silva - Passamos mais de uma década tendo uma atitude esquizofrênica. Primeiro uma atitude por parte do governo do "deixa que eu chuto", vou lá e acabo com a dengue, e depois perceber que não dava. Depois, começaram a contabilizar a queda [do número de casos] como um feito político. Dessa forma, você não controla. Só impede uma catástrofe maior.
P - Os médicos brasileiros estão preparados para diagnosticar e tratar a dengue hemorrágica a tempo de evitar mortes?
Silva - Existe o problema do próprio sistema de saúde brasileiro. O cara que trabalha no pronto-socorro, que recebe os casos de dengue, é um bóia-fria. Ele trabalha um pouco, sai, vai para o outro emprego. Tem uma rotatividade muito grande, são geralmente indivíduos no início da carreira. Há uma dificuldade muito grande de identificar dengue hemorrágica. Quando acontecem os casos de dengue hemorrágica, que saem na imprensa, aí o serviço público fica mais alerta, mais preocupado. Enquanto não sai, passa batido mesmo.
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